blog caliente.

18.1.05

Les uns et les autres (acho que já fiz um com este título, mas pronto)

1 - O Alonso vem poucas vezes mas vem as vezes que pode. São menos que as que deve, mas eu gosto de o ler, mesmo que ele se ria sempre da minha comunice, mais feita de cansaços que de crenças, dos romenos que eu lhe atiro como provocação, do resto. Crava-me cigarros, mas eu farei o mesmo logo que possa: ambos fumamos, já se percebeu que a Lolita também, corja de blogue, este, que é tão bonito.
Sabes, Alonso? Não me tendo conseguido encaixar em nenhum dos teus "items" dedicados ao eleitorado, decidi que tenho de os reler. Reler, meu amigo, é ler melhor. Não é, apenas, ler outra vez.

2 - Hoje, estou bem desde ontem. Entre outras coisas que não vêm ao caso, revisitei-me nas pequenas coisas que me alegram, que me fazem "jouir", aquilo que os franceses dizem a propósito de tudo, dum bom jantar, duma boa conversa, dum bom filme, duma boa... "quelque chose". Os franceses não são assim, às tantas, eu sei. Mas eu viajo pouco: continuo a pensar dos outros aquilo que quero pensar, aquilo que gosto de pensar. Sobretudo nos dias em que estou bem desde a véspera.
Pensar que os outros são como a gente acha que eles são é, um bocadinho, querer que os outros se fodam. Porque os outros são os outros, claro, que sabemos nós, tanto, do que nos é alheio? Mas isso desculpa-se pelo facto de, pelo menos, falarmos nos outros em vez de falarmos de nós. Concedo que defini, às tantas mal, que falar dos outros é uma espécie de "aqui vou eu com outro nome, outra fachada" . Mas, bem vistas as coisas, que são os outros senão nós, a olhar para eles?

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