blogame mucho
A Lolita adora viajar, mas creio que esta viagem lhe está a custar mais do que outras que já fez. Vai em trabalho, o trabalho é uma forma nobre de ir, como outras que há. Aliás, ir ou voltar, é sempre nobre: depende de quem vai e volta, a nobreza não está no verbo, reside no sujeito.A Lolita tem família, tem amigos, tem mesmo um cão quase novinho em folha. E penso que preferiria ter ficado em terra, pelo menos desta vez.
Eu não ando de avião, tenho muito medo. Apanhei medo, um medo sem nome, lá em cima, um dia. Uma noite. E, como tenho medo, não voo. Vou besugando por aqui, como quem rastejasse por falta de alternativa à falta de coragem. Há tipos que já não voam, pronto.
A Lolita não. A Lolita foi. Tinha de ir e foi, deve ir no ar neste momento. E eu vim aqui dizer, apenas, que tenho muita admiração por quem faz o que tem a fazer, controlando os medos e os estados de alma. E que gostava de ser capaz de fazer o mesmo.
Boa viagem, Lolita. Bom trabalho. E bom regresso a casa. À tua barra, vista da tua varanda. E à tua barra vista daqui, do teu blogame mucho. Que, sem ti, não é a mesma coisa.
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