blog caliente.

7.1.05

Amplitudes

A Lolita embirra com a Dulce Pontes por lhe reconhecer, no fundo, grande amplitude vocal. Eu cuido que a voz da senhora cobre duas escalas, mesmo sem recorrer aos falsetes. Mas eu páro, isto é muito técnico. Leva-nos ao talento do Penn (dêem-me uma lupa, por favor) e de quejandos.
Preocupa-me é mais esta facada que a Dulce desfechou nas costas esburacadas de Santana Lopes. Tantas facadas! Já bastava! Ó Pontes, caramba, também tu?

Primeiro, foram Durão e Marcelo (este a mãos ambas, à Joaquim Bastinhas); depois, o amigo Chaves; logo a seguir o professor Cavaco a abanar-lhe o bercinho quente, de navalha cortante na mão abanadora; depois, Portas a mandá-lo contar sozinho as espingardas que lá tem, enquanto ele contava as pistolinhas, quando foi daquela história de os mandarem embora tendo de ficar...; mais recentemente, o professor Cavaco (sempre este académico!) a estragar-lhe o humilde e epopeico cartaz, em que o nosso Pedro se limitava a aparecer, humílimo, em segundo plano ("mas alguém percebe isto?", pensou ele, entristecido); e, agora, a Dulce Pontes a afirmar não se identificar com a campanha? Isto é mas é uma "cabalona"!
A Dulce anda a ser influenciada pelo Dr. Pôncio. É o que é. Sim, o Dr. Pôncio, esse mesmo, o que canta "Onde vais Rio que eu canto". Era do Sérgio Mendes, a cantiga; o Sérgio Mendes era um tipo de grosso patilhame, não sei se se lembram. Talvez não se lembrem, não tinha a amplitude vocal da Dulce Pontes, nem a vastidão da cintura escapular de Santana Lopes. Faz toda a diferença.

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