Regresso
Os regressos são sempre retemperadores. As viagens fazem-nos sentir numa transição espacio-temporal que, embora sendo de curiosa descoberta, causa o desconforto da falta de quase tudo. Dá-me gosto estar de volta, desta vez mais do que é costume. E, de cada vez que se regressa, gosta-se mais de regressar.A viagem foi curta mas, na verdade, voei muito. As condições adversas têm a apreciável vantagem de nos aumentar o grau de atenção sobre aquilo que, indiferente a nós, se passa à nossa volta - é esta a matéria essencial da reconfortante relativização. Disso, hei-de ir falando por aqui: há coisas tristes, há coisas curiosas, há coisas bonitas. Para me aguentar (fui sem vontade), estive atenta a tudo. E descobri muito, mesmo naquilo que já conhecia, mas que tinha visto com humores diferentes.
Entretanto, já constam da lista os blogues escolhidos pelo besugo. O peixinho já não está no pyrex (atenção ao ipsilon, pois… ao Alonso são muito caras as trademarks e a respectiva grafia; a Lycra, por exemplo, é a marca dos soquetes que usa com o paletó). E o novo aquário ainda não explodiu. Porém, quando hoje de manhã cheguei a casa mortificada da viagem, olhei-o e veio-me tudo à memória. Pelo sim, pelo não, passei-lhe ao longe. Juntem-se o cansaço e a memória da encharcadela e eu mostro sintomas de stress pós-traumático.
Eu volto amanhã, agora preciso de sono.
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