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14.10.04

Debates imaginários quase reais


Nem sempre com resposta pronta, o ex-comentador da RTP defendia-se das investidas, esforçando-se para aparentar a segurança de quem, mais do que não deve nem teme, considera os seus interlocutores uns perfeitos bananas. A seu lado, o ex-director da Amostra, de sorriso escarninho à caius detritus e inevitável fato azul-furta-cores-petróleo (irra...), ora girava os olhinhos malévolos em torno do hemiciclo ora se investia de olhar distante, do género "falem para aí que quem está deste lado sou eu". Entretanto, como seria de prever, o outro ex-comentador da RTP apontava novamente ao seu ex-parceiro a dolorosa verdade da sua legitimidade democrática, a que se seguiu a sua falta de jeito para ser chefe de governo. Ou de outra coisa semelhante.

Tomada a palavra, o ex-líder do PSR denunciou com a conhecida galhardia o escândalo da prematura cessação de funções do responsável madeirense da PJ que liderou a investigação contra o futuro ex-autarca de Câmara de Lobos. Rejeitando a velada acusação, o ex-comentador da RTP - aquele que possivelmente terá falta de jeito para ser chefe - rematou a resposta com a rusticidade hábil que só se poderia esperar de quem está angelicamente inocente: "ninguém pode provar nada".

Nesse preciso momento, passou à sua frente a senhora da cantina que, sempre solícita, lhe perguntou: "vai um cafézinho, menino?"

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