Adenda à queda
Seguindo a linha metódica do João Tunes (embora em posta autónoma) devo dizer, antes de mais, que me pareceria estéril qualquer discussão sobre a tal "essência da questão", porque provavelmente estamos - eu e ele, muito mais de acordo do que ele pensa. Em todo caso, a discutir, preferiria uma discussão mais ampla, debruçada sobre governantes prepotentes, onde cabem ditadores declarados e opressores disfarçados que só não são alvo de manifestos panfletários de defesa de direitos humanos porque trazem uma encandeadora etiqueta de democratas.Reitero e reafirmo que o que está em causa é a qualidade do gosto das piadas sobre velhos ditadores que caiem, assunto sobre o qual, como eu ao enjeitar a discussão da indiscutível ditadura, o João nada diz, o que me leva a crer que concorda comigo embora preferisse discutir as barbáries castrenses. Coisa que, como acabo de dizer, é indiscutível.
Concordo com quem quero e com que me apetece? Não. Concordo com quem opina de acordo com o que eu penso. O processo é todo ao contrário, João Tunes: no que toca a informação, nunca compro o que me querem vender. Sou eu que digo o que quero comprar. Esta, a opinião do JPP, comprei, assinei por baixo e associo-me a ela. E olhe que ele partilha do ódio que você devota ao Fidel. Já eu, por feitio ou defeito, resisto a alimentar ódios.
Quando digo que lamento manter intacta a minha opinião, referia-me só à desolação em estar em desacordo com o João Tunes e em nada às conjecturas que ele faz. É que eu ontem, quando falei disto, nem falava dele, como expliquei; e, quando falei, foi para falar do seu ternurento descendente.
No final, concordo consigo: se estivessemos sempre de acordo, seria como se discutíssemos sem fim a irracionalidade da ditadura cubana. Mas a verdade é que não foi isso que eu discuti. O que eu discuti foi o direito ao respeito (ou o reverso dever de respeito. E como fui eu que iniciei o tema, será isso que o João, se quiser, terá de discutir.
Saludos, João.
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