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9.8.04

Bora lá, meninos e meninas, sem pensar é mais fácil!

Ninguém parece estar de acordo com a possibilidade de um deputado poder optar por viajar acompanhado, penalizando-se no seu "primeiríssimo" conforto com a sua "estúpida" vontade de não estar sozinho. Eu, desculpem qualquer coisinha, não vejo nenhum mal nisso.

Aparentemente, um deputado deve viajar sozinho e, evidentemente, sempre em executiva. Doutra forma, o país não vai para a frente, vai para outro lado qualquer.
Se um deputado decidir viajar com a mãe, o pai, a mulher, a filha, a amante, o irmão, o amigo ou a amiga, mesmo com qualquer enteado, deve fazer o seguinte: o deputado vai em executiva e o/a acompanhante, esse biltre pecaminoso, pagará, do seu bolso (ou do bolso do deputado), a sua enlameada viagem. Em turística ou, se quiser, em executiva.

Mesmo que o preço que suportamos pela viagem solitária do deputado-em-missão, em executiva, seja igual ao que suportaríamos caso o deputado-em-missão decidisse viajar em turística com o/a acompanhante, isto moraliza o povo. Dormimos melhor assim. E até a tripa nos funciona em estereofonia (com o cérebro) se soubermos que as contas estão certinhas. Melhor: elas estariam sempre certinhas, mas assim escusamos de nos cansar a fazê-las.

Além disso, tendencialmente, viajar sozinho predispõe ao onanismo. Isto é uma coisa que pode transformar os meios de transporte aéreos numa interessante mistura de moralidade e guitarrada, esse instrumento de cordas tensas, como tenso é o disparate do excesso de controle. A mesquinhez sempre apoucou mais o mesquinho que o amesquinhado.

Eu não entendo certas coisas, eu sei, mas algumas delas não encerram em si, sequer, qualquer potencial de entendimento. São formas pequeninas de vida, são quadraturas do círculo menor catárctico.

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