Ça marche
- Então o senhor acha, sem qualquer dúvida, que ele é mesmo o ministro indicado?- Eu acho. É serio, competente e trabalhador. Sou eu que o digo! E ele, amanhã ou depois, Judite, vai provar-lho!
- Hein?
- Vai provar que é sério. Um dia destes. Ele ainda está a pensar. Que é que as pessoas querem mais? Ele vai explicar! Nem precisava, uma vez que eu estou a dizer-lho, a si e aos portugueses, agora mesmo. Um homem do ambiente. Do verdadeiro ambiente, claro. Um talento.
- Pois. E a regionalização?
- Hein?
- Desculpe, aquilo, a descentralização...
- Hein?
- A deslocalização, pronto...
- Ah! isso é diferente, cruzes-canhoto, ainda bem que me fala nisso. Eu gosto de respeitar a forma (apesar de tudo, este governo tem um primeiro ministro, que não sou eu, embora eu ache relativamente mal), por isso não devo ser eu a, enfim... Deixe que lhe diga que...
- Desculpe, mas quero fazer-lhe a pergunta: ele sempre vai avante com aquela ideia da deslocalização?
- Como lhe disse, ele é que dirá, que eu gosto de respeitar a forma. Mas não resisto, pronto, é por estas e por outras que há parvos que me julgam um garotelho, mas que se foda, sim, sim, por Deus! Sim, muito em breve, amanhã talvez, ele virá dizer que sim!
Ça marche!
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