vírgulas e admirações
Na revista desta semana, entre outras coisas, li esta tarde que Vasco Pulido Valente (mais uma entrada no google para o senhor azedo, já agora) chama Mena Mónica à Maria Filomena Mónica (MFM).
Eu achei graça porque, se quando lhe saiu - à MFM -, e eu a li, a biografia do Eça, nunca me passou pela cabeça chamar-lhe Mena Mónica, já quando ela publicou o Bilhete de Identidade e eu o li - e a lolita sabe disto melhor que ninguém - passei a referir-me a ela, à MFM, naquele despudor da minha "montanhice besugal", como Mena Mónica. Intimismos bacocos e barrocos que nunca se sabe se partem de quem escreve se de quem lê. Certo?
Agora, saber que Vasco Pulido Valente se refere a MFM como Mena Mónica, em entrevistas biliares, muito neuronais e um bocadinho pancreáticas, dá-me uma estranha sensação de andar aqui a ser um dos mais íntimos "voyeurs" de dois seres amargos, inteligentes, azedos, ácidos, ternurentos, básicos, com talento e, acima de tudo, com alguma estrada para trás. De ambos.
Já as opiniões de Vasco Pulido Valente sobre os livros de Miguel Sousa Tavares não me interessam muito, mas as minhas sobre seja o que for também não devem interessar a nenhum deles. Já as opiniões de Vasco Pulido Valente sobre Sousa Tavares interessam a Sousa Tavares e, verdade seja dita, as de Sousa Tavares sobre Pulido Valente importam a Vasco Pulido Valente. Isto é claríssimo.
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