blog caliente.

13.11.07

Restos de escrita ...

... a propósito do Rei de Espanha.

Subscrevendo o que a lolita já escreveu - à parte a comparação que fez do AOS aos nossos actuais PM e PR, que atribuo a "tique" intelectual" - e subscrevendo o que o besugo escreveu também - vernáculos à parte, que eu ainda hei-de arranjar um quilo de pimenta para despejar na goela desse montanhês.

E pronto, lá está, não sei muito mais que dizer. A não ser que achei piada. O Rei de Espanha pertence a uma espécie em vias de extinção - que, aliás, normalmente até julgamos extinta. A dos monarcas que não são só "chefes de estado para fins protocolares" (vulgo "verbos de encher"). Não estou a ver nenhum outro que vá a uma cimeira, a não ser que seja para debitar umas generalidades politicamante correctas na sessão de aberturo ou encerramento, generalidades aliás que nem sequer escreveu, foram escritas pelo Primeiro Ministro (ou nem isso, pelo seu staff de apoio).

Mas este vai. E senta-se ao lado do primeiro ministro dele. E faz parte da delegação. E participa nas reuniões, lado a lado com os presidentes e primeiros ministros de outros países.

Só que é diferente deles. Pelas piores razões, se calhar (considerando que ninguém o elegeu para aquilo).

E foi por ele ser diferente, ou seja, por não pertencer à classe política europeia nem ter suportado o "processo de destruição da espinha vertebral" hoje necessário a quem quer ser político e ganhar eleições ... que foi capaz daquele momento.

Eu sei, eu sei, o homem tem muitos defeitos e - pelos modernos padrões de representação política - nem lá devia estar. Mas mal não faz a ninguém, que eu saiba. E, mesmo que isto seja uma ridicularia irrelevante (dificilmente se pode dizer que ele "mereceu a coroa" por isto), sabe bem ouvir um sonoro "por qué no te callas" dirigido a um ditador demagogo.

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