do fundo do self
Fico irritado quando as pessoas reagem às coisas de maneira que me parece despropositada. Exagerada.O exagero é, entre gente decente, a negação da decência. Não porque seja proibido exagerar, toda a gente exagera vez por outra, sem deixar de ser decente, seja quando for. Mas a decência, o conceito, a própria decência, não se compadece com exageros; e o exagero da decência, porque é disso que se fala, é indecente.
Pedro Henriques, o árbitro do recente Benfica - Sporting, não merece o que alguns sportinguistas têm dito dele.
Quando se está perante pessoas como Pedro Henriques, é preciso respeito.
Eu gostava que este árbitro apitasse todos os jogos do Sporting. É um tipo de que gosto, não quero saber de detalhes pequeninos, parece-me um tipo honesto e que não está sempre ali a apitar "prrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiips". Apita pouco, até.
Num jogo em que nem o Sporting nem o Benfica jogaram de maneira a que qualquer um pudesse vir dizer, no fim, que "ah! eu joguei buédabem, pah!", e eu digo isto assim que é para a juventude que calhar encalhar ao calhas neste calhau perceber - ao menos - uma frase deste texto, dizia eu, num jogo destes, com um árbitro destes, ficava bem ao Sporting (e ao Benfica, que até ficou) ficar caladinho (tantos "ficares", olha, vai assim) e ir mas é depressinha jogar bem à bola, de maneira a ganhar o próximo jogo. Seja onde for.
E eu repito: tenho pena é de não ter sempre árbitros como Pedro Henriques a apitar os jogos do Sporting.
Gosto deste árbitro. Emprestava-lhe o carro. A carrinha, que eu agora tenho uma carrinha.
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