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21.9.07

Esguichos de besugo

O futuro de José Mourinho não depende de mim. Nenhum futuro depende de mim, praticamente.
Mas, se dependesse de mim o futuro de Mourinho, ele ficaria em Inglaterra, treinaria o Liverpool. O Rafa Benitez sabe o suficiente para pôr o Liverpool a suar para não perder com o Porto e para empatar, transpirando, com o Portsmouth (a vitória na Champions contra o Milan foi o Kop que a conseguiu, o hino dos crentes, não foi o Rafa), mas não saberia nunca pôr o Porto a quase ganhar ao Liverpool, nem a ganhar a taça UEFA, nem a Champions. Independentemente dos jogadores que cada equipa tivesse, sabe-se que Mourinho é melhor que Rafa.
O Rafa não serve para ganhar pelo Porto, quanto mais pelo Liverpool. O Liverpool, se quisesse e pudesse, precisava era de Mourinho. É o clube certo para Mourinho.
Eu, se fosse a ele, para Itália não iria. Para Espanha, terra de chicaneiros e de moscas, também não. Para a Alemanha, sim. Também podia ser. Mas menos, que aquilo na Alemanha é complicado: até lá têm o Berden Merden e tudo. Para Portugal não. Portugal, não. Ño Sporting, não o quero. No Porto e no Benfica também não. Motivos contraditórios. Na selecção, muito menos. Quero lá Scolari, não quero mais ninguém (embora Scolari devesse ter acertado melhor no sérvio, porque a teoria do bate e foge, propalada por aí, é ridícula: um homem com mais de sessenta anos atira um pêro aos queixos dum sérvio de menos de trinta, acerta-lhe mal, nunca perde o ar de desafio "que foi, que foi, hem, pá, caralho?", e é bate e foge?, isto é má fé, mas vem de quem condena a violência inteira, e condenar a violência inteira é legitimá-la toda, mas eu nem explico isto que não vale a pena, toda a gente entende.

Eu não gosto do Mourinho, e era aqui que eu queria chegar. Percebam isto duma vez por todas. Ele é bom e competente, mas eu não gosto dele. E nem é apesar disso, nem independentemente disso: não gosto, pronto.

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