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30.7.07

O defeso ao ataque

Não conheço Bernardo Vasconcelos. Só de nome e de reputação: ambos bons, que eu saiba.
Mas sei que, antes de ser médico do Benfica, foi atleta do clube. No andebol. E bom, era mesmo assíduo da selecção nacional do seu tempo. Cuido que um seu irmão também. Bernardo Vasconcelos não chegou ao Benfica, portanto, nem a vender pneus nem a especular. Nem no Benfica ficou, enquanto lá esteve, por ser empresário, ou negreiro. Era médico. Nem a votos foi, não foi preciso: já era de lá. Ficou no Benfica muitos anos.

Há pessoas que, sabendo ainda menos que isto sobre Bernardo Vasconcelos, já lhe atiram as pedras que, agora, Pedro (Mantorras) apanhou do chão, com a ajuda daquele jornalista balofito que ainda não percebeu que não tem, nem nunca teve, nem idade nem aspecto para se pentear daquela maneira estilizada que o faz parecer uma abóbora encarnada e de patilhas. Sim, refiro-me ao mais recente "biógrafo" da futebolândia nacional, o emotivo José Quaresma.

Se Bernardo Vasconcelos ficar calado perante isto que estão a fazer-lhe, não tirarei nenhuma conclusão que contrarie o meu primeiro parágrafo. O meu primeiro parágrafo são factos. Até porque pode ser que Bernardo Vasconcelos tenha de ficar calado, mesmo. Não sei, é uma possibilidade. Seria pena, por todas as razões. Mas também pode ser que tenha outros motivos para manter silêncio, daqueles ponderosos, duns que sejam mais nobres do que pensam os seus enxovalhadores de agora.

Mas eu gostava que Bernardo Vasconcelos pudesse foder esta gente que, agora, babada do gozo de se poder reler em letra de imprensa, se sente tão segura de si e das suas certezas que chega a meter nojo.
Oxalá possa fazê-lo. Por inúmeras razões que não me apetece dizer agora, mas queira Deus que sim.

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