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12.7.07

A análise política e o defeso.

Por acaso parecer-me-ia bem que Lisboa tivesse um fadista como presidente. Já um engenheiro técnico agrário, tendo em conta a metrópole urbana constituída por bairros que aquilo é (Chelas, Olivais, Madragoa, esses lugares assim), me parece mal.

Proponho a Gonçalo Pereira que opte por uma das duas profissões que lhe constam do curriculum.

Se optar por ser fadista, está feito: não canta a ponta dum chavelho - aliás, não cantar nada de jeito é coisa de família, têm todos ideia de que "fado, pá?, fado é o tremidinho!"- e não será eleito nessa condição. Nem como "variador".

Se optar pela engenharia agrícola, feito está: aquela coisa, Lisboa, é, como já expliquei, uma urbe, são bairros mas é uma urbe, aquilo não dá pêras nem batatas, o único terreno arável que lá há é, aliás, o campo do Benfica, que, por acaso, já tem lá um engenheiro.

Pois, eu sei: Gonçalo está tramado de qualquer maneira.

Mas pode sempre concorrer à Junta da Moita, ou à Junta do Arrepiado, ou, alternativamente, à Junta duma lezíria qualquer que também seja povoada por votantes. O melhor "slogan" seria: "O Câmara? Para a Junta!".

Ah, e cortar o cabelo também pode.



Vem aí o Milan Purovic, pelos vistos, e o Maxizinho Galinha Lopez não. A segunda parte desta frase alegra-me particularmente.

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