Precárias
Eu, em Lisboa, só gosto do Sporting. Disso e da estrada que melhor me tira de lá para fora, de Lisboa, quando lá tenho de ir. Posso gostar doutras coisas, mas isso não interessa agora, há sempre outras coisas, faltam sempre coisas, mesmo em teses de doutoramento faltam coisas, quanto mais!
No entanto, o que vai passar-se em Lisboa no domingo interessa-me.
Em Lisboa há um jardim zoológico grande. Também há um na Maia, mas é mais pequeno. Mas em Lisboa há um grande e, quando se fala em jardins zoológicos, em Portugal, é lá.
Um jardim zoológico é um cárcere redentor: os animais estão presos ali mas "é para o seu bem e para o nosso, que eles assim comem vitela e ervas boas, e fodem ao vivo, e nós podemos ver isso, e isso é bom, senão os nosso filhos só sabiam que havia animais selvagens que fodem e defecam em cativeiro - em cativeiro suave, aliás, se há algum que seja suave, mas se houver, e se este for um deles, é só por isso que é redentor, o cativeiro, não é pelo caralho da reinserção social, ninguém dá o colhão esquerdo pela reinserção social dum rinoceronte, ou de uma ema, nem mesmo dum homem - através de canais de televisão estrangeiros".
A "parte do redentor" não é, portanto, o orgasmo selvagem da animalidade em cativeiro, eu até já lá fui, ao zoo, por acaso bastantes vezes, e nunca vi nenhum orgasmo óbvio, daqueles mesmo em que o animal se vem, embora tenha ficado na dúvida no caso de um hipopótamo e de uma hipopótama; aliás, espero que o animal que estava a fazer "bend over" fosse uma fêmea, outrossim aquela merda é uma rebaldaria maior do que aquilo que vou dizer a seguir.
Que vou dizer a seguir?
Isto: o zoo concede precárias em campanhas eleitorais autárquicas. E não me refiro ao careca maciço e simiesco que foi ao mercado de campanha guardando (?) as costas daquele indivíduo com um aspecto entre o monárquico e o metalúrgico, mas com pulsos de estilista, aquele cara de cu à paisana que parece que lidera uma súcia infame chamada PNR. Mas não lidera nada: não tem pulsos para isso, no contexto que geme nos mercados, nem em mais nenhum.
Não. A precária do zoo foi, decerto e certamente, concedida à ovelhinha tonta e de perinha frouxa que bale frouxamente "eu quero um por centinho dos votos e sou, basicamente, do PNR, porque o PPM já lá tem os Câmara Pereira e o senhor engenheiro agrónomo da força aérea que se chama Dailidou".
No entanto, o que vai passar-se em Lisboa no domingo interessa-me.
Em Lisboa há um jardim zoológico grande. Também há um na Maia, mas é mais pequeno. Mas em Lisboa há um grande e, quando se fala em jardins zoológicos, em Portugal, é lá.
Um jardim zoológico é um cárcere redentor: os animais estão presos ali mas "é para o seu bem e para o nosso, que eles assim comem vitela e ervas boas, e fodem ao vivo, e nós podemos ver isso, e isso é bom, senão os nosso filhos só sabiam que havia animais selvagens que fodem e defecam em cativeiro - em cativeiro suave, aliás, se há algum que seja suave, mas se houver, e se este for um deles, é só por isso que é redentor, o cativeiro, não é pelo caralho da reinserção social, ninguém dá o colhão esquerdo pela reinserção social dum rinoceronte, ou de uma ema, nem mesmo dum homem - através de canais de televisão estrangeiros".
A "parte do redentor" não é, portanto, o orgasmo selvagem da animalidade em cativeiro, eu até já lá fui, ao zoo, por acaso bastantes vezes, e nunca vi nenhum orgasmo óbvio, daqueles mesmo em que o animal se vem, embora tenha ficado na dúvida no caso de um hipopótamo e de uma hipopótama; aliás, espero que o animal que estava a fazer "bend over" fosse uma fêmea, outrossim aquela merda é uma rebaldaria maior do que aquilo que vou dizer a seguir.
Que vou dizer a seguir?
Isto: o zoo concede precárias em campanhas eleitorais autárquicas. E não me refiro ao careca maciço e simiesco que foi ao mercado de campanha guardando (?) as costas daquele indivíduo com um aspecto entre o monárquico e o metalúrgico, mas com pulsos de estilista, aquele cara de cu à paisana que parece que lidera uma súcia infame chamada PNR. Mas não lidera nada: não tem pulsos para isso, no contexto que geme nos mercados, nem em mais nenhum.
Não. A precária do zoo foi, decerto e certamente, concedida à ovelhinha tonta e de perinha frouxa que bale frouxamente "eu quero um por centinho dos votos e sou, basicamente, do PNR, porque o PPM já lá tem os Câmara Pereira e o senhor engenheiro agrónomo da força aérea que se chama Dailidou".
Não foi concedida, a precária, ao bode careca. Esse anda aí, pastando solto.
Isto é coisa de capaduras. De capadócias. Desculpem, de rapaduras.
Coisa de más quimioterapias.
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