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1.5.07

O problema do Chevanton

Quando nasci não me lembro de ter um plano para a minha vida. Acho que não tinha.

Os meus pais ganhavam pouco, de maneira que me parece que nem eles próprios tinham plano nenhum para ninguém, nem para eles, nem para os meus irmãos, nem para mim: vá lá, não enfiaram com nenhum de nós num seminário, nem numas Carmelitas Descalças.

Mais tarde, no que me diz respeito, chegaram a planear que eu fosse, ao menos, regente agrícola. Mas não consegui.

Adquiri, recentemente, uma certeza. Apenas uma, mas mesmo assim custou-me.

"Quando te chamarem a perguntar-te que planos tens para o Grande Plano Global (GPG), diz que tens um plano qualquer com imenso potencial para se encaixar na AAP - Absoluta Ausência de Planos - dos tipos que te perguntam pelos teus planos para o GPG deles, porque é melhor isto do que quereres saber, como resposta a uma Pergunta Superior (PS), qual é o GPG deles.
É que nem eles sabem qual é o GPG deles, nem isso é importante para ti, nem - e este reles facto é o mais reles e o mais relesmente considerável - para eles".

Foi Chevanton, ponta-de-lança suplente do Sevilha, que me ensinou esta certeza.

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