Tripas à mostra, bem rugidas
Está a aproximar-se o dia, Francisco.Amanhã, terça-feira, muito provavelmente - e com muito invejoso gosto meu, mas com gosto, acima de tudo - ireis limpar os alemães do Sport Verein. Os que são daquela cidade com aquele porto grande, sim; menores, a cidade e o porto - contudo - que o Porto inteiro.
Na quarta, ainda mais provavelmente do que isso, iremos nós levar o competente correctivo dos bávaros; que possuem, ainda por cima, nas suas fileiras operárias, um projecto de trolha frequentador do Bois de Boulogne ou do cais de Marselha, chamado Sagnol (é, de facto, o que mais me mexe com os nervos, o sacana; a seguir são os sul-americanos, que só jogam quando é pelo Bayern, nas selecções deles parecem Nunas Gomas e Sabrosos, ali aos saltinhos: exactamente, o Pizarro e o Santa Cruz), e um treinador, chamado Felix, que não tem nadinha de gato e é mais marreco do que o Gunther Netzer.
Mas, no Domingo? Com letra maiúscula, isto do dia da semana, que o dia merece distinções de nome próprio. Como é que estamos? Como é que há-de um de nós, o que perder, você ou eu, derramar a verrina latrinária em cima do outro (com a lolita a assistir, evidentemente, e contra mim, como sempre acontece nestes casos, ainda por cima) sem parecer que não ligamos muito a estas coisas da bola?
Estamos tramados. Enquanto a coisa se limita a vermos o Benfica a chutar ao poste e a sofrer golos nos descontos, a gente entende-se. E parece que não liga nada a isto, ri-se apenas, porque não é connosco. E no Domingo?
Vamos ver?
Eu tenho uma vantagem, mas não lhe digo qual é. Não, não é sequer jogar em casa.
<< Home