blog caliente.

5.9.06

Ler

Afinal não vou rever texto nenhum, não me apetece, estava sem conserto. Era muito mau.
Por isso vou antes escrever outro, também muito mau, mas apetece-me mais assim.
Mantive o título, claro.
É que ando a ver se acabo de ler "Quando Nietzsche chorou". Ando a ver se acabo de o ler porque também comecei tarde a lê-lo, nunca mais mo emprestavam, sempre ali a engonharem. Eu podia comprar o livro? Pois podia. Mas sou assim, que querem?

E posso dizer-vos uma coisa: no livro - pelo menos - Nietzsche era um chato inenarrável. Há enxaquecas que são castigos divinos para o egoísmo, mais do que manifestações da vasculatura. De maneira que tenho andado a ler aquilo praticamente só por causa do Breuer, e por causa da angst do Breuer, e porque a lolita me disse que aquilo é um bom livro. E é.

Posso afirmar, assim daqui, do meio do livro, que quando o Nietzsche chorar será muito bem feito!

Em Castelo de Vide acabei de ler um livro que já tinha começado há uns meses, aquele volume em que Maria Filomena Mónica, basicamente, diz o óbvio ("eu era muito bonita" - e ainda é), o inacreditável (tudo o que se refere ao Vasco, como é possível, meu Deus, o Vasco da Pirose Eterna e Intestina Que (O) Enoja partilhando humores - e sabe-se lá o que mais - com a Maria Filomena Mónica, mil raios!, a mulher deve ter padecido duma cegueira transitória qualquer, total e paralisante, Cristo!) e o cristalizado gasoso e relativo (António Barreto paira no livro todo, isto é a parte do cristalizado, mas apenas o suficiente para se perceber que não paira mais porque ela sabe que ele não quereria pairar mais do que isso - é a parte do gasoso - ou assim - é a questão do relativo, isto é tudo pensado e esmifrado até à glia periférica).
Bom livro. Andaram aí a dizer mal e bem dele, há uns tempos, mas isso é normal. Há gajos que ganham a vida assim, a opinar, também há quem ganhe a vida com o mesmo verbo mas sem o "o" inicial, ouvi dizer. Gostei mais da biografia do Eça, por sinal. Ainda estou à espera que a lolita ma devolva, mas também se não ma devolver gamo-lhe o Breuer. Limpinho.

Bom. Este é, de facto, uma porcaria dum texto. Vou limpar as mãos à parede e volto em seguida. Espera aí, Vasco.

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