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24.8.06

crónica dum esturro anunciado

Gostava que me explicassem como é que o Sporting vai, este ano, escapar a uma carga de lama na "Liga dos Campeões". Já para não falar nas competições nacionais, que são, até, o meu maior temor. É que eu vi o Braga, por exemplo.

O Sporting vai à liça com os mesmos jogadores que tinha no ano passado.
Não se acautelou na defesa, onde é notória a falta dum “zagueirão” que varra aquilo tudo quando for o caso.
Persiste na crença de possuir ali, no meio do campo, dois “números dez”, o Martins e o Romagnolli, quando é notório que, com ambos, não se faz – sequer – um “oito”. Com Carlos Martins, aliás, duvido que se possa fazer seja o que for que seja vantajoso. Acertou quando comprou Paredes, se bem que Paredes está, agora, bem menos talhado para correrias do que estava há meia dúzia de anos. E contratou Farnerud, um sueco fatalmente fadado para suplências, fatal como o destino.
Para jogar ao lado de Liedson, arranjou um uruguaio que, viu-se contra o Inter, é tão fácil de atar e pôr ao fumeiro como era (e continua a ser) o Deivid. Não, não me parece mais Bueno do que Carlos.
Há Custódio, há Moutinho, há Nani, há Yannick, há Veloso, há a miudagem raçuda para compor o ramalhete de mais viço, há os outros todos. Paulo Bento há-de estar contente, o Sporting vai interpretar a sinfonia preferida do seu maestro: “tudo ao molho, para ver se os outros tipos não jogam, mesmo que também não joguemos nós”.

Falei ali acima em ramalhete, mas pode até ser que aquilo seja um ramo grande. Feito de flores todas iguais, sem sequer um cravo ou uma rosa a colorir de classe tantos malmequeres siameses e esforçados, pode bem ser um ramo grande. Duvido é que venha a ser um grande ramo.

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