blog caliente.

18.1.06

Ah, mas já 'tava morto, ora!

Anda agora uma série italiana na RTP (acho que é na RTP) que é boa. Mas eu não vejo porque já sei o fim.
Aquilo é sobre um gajo que casa com a filha do Mussolini, mas acaba por ser sobre o Mussolini. Não há história nenhuma em que entre o Mussolini que não seja, também (*), sobre ele.
Assim sendo, aquilo há-de acabar com o Mussolini pendurado pelas patas. Salvou a Itália, conforme ele disse variegadas vezes, pôs a "botinha" nos "cornos da Europa", mas depois deram-lhe alguns tiros e dependuraram-no pelas patas. Pronto.
Eu não concordo que se pendurem pessoas pelas patas, mas admira-me como é que há gente que consegue cismar que não é candidata a esta "inversão posicional", durante a vida ou, quanto mais não seja, "post-mortem".
O povo é sereno, mas também é um bocadinho como aquela história das tempestades de neve: vai o alpinista a escalar o seu K2, de fato quente e de botinha aventureira, quando, nisto, vem a neve e diz: "ah! estás aqui, pá? que pena tão grande!". E derrama-se sobre ele em grande algazarra algodonosa, sendo certo que trinta mil quilos de algodão pesam tanto como trinta mil quilos de chumbo.

É uma sina. Os ciganos lêem bem as sinas. Eu, quando era miúdo, até pensava que liam a "cigna".

(*) Lá está, isto do "também" é uma doença praticamente transmissível.

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