Não há maneira de aprender
Tomei conhecimento, caro Miguel.Por momentos, pensei que o Penn, que tem sempre aquele ar de quem hesita entre espancar a Madona ou fazer-se sodomizar pela mesma (e pela parentela restante), tinha ido ao fundo com o respectivo e histérico bote.
Seria bom. Mas não.
Penn limitou-se a ser o que é sempre, uma talentosa mistura de Jane Fonda com Luís Delgado, com menos talento que a subtracção aleatória do talento dos outros dois: um entusiasta de si, um cróio, um escorbuto num mundo que não tivesse laranjas decentes. Olhe, nem rosas, já agora.
No fundo, você não tem culpa: bem me avisou que tinha sido o barco a afundar-se, não o Sean. Mas que quer? Eu penso logo que quando um barco vai ao fundo se escuta a música do Titanic e o mundo se embeleza de catástrofes geladas, belas, purificadoras.
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