blog caliente.

23.5.05

Riskos

O que escrevi ali abaixo leva-me, com a mesma falta de senso, à questão dos valores subjectivos. Há vários, os valores são à vontade do freguês. Por exemplo, eu hoje quando vejo um gajo com ar apaneleirado hesito, já não sei se estou perante um panasca ou perante um metrossexual (que é diferente eu sei, aprendo, mas é uma piada chocha de besugo).

Hoje em dia (e desde há uns anos) verifica-se que a coisa mais horrível que se pode fazer já não é matar alguém. Isso é, aparentemente, subjectivo. Dizem. Há pena de morte, até, em muitos sítios. E públicos defensores dela (como aquele Graça Moura que não toca, o que transpira muito) em lugares em que não a há.

Claro, há a questão do sofrimento. O sofrimento que se causa ao outro. Se me mandarem por aí, eu vou e calo-me. O sofrimento que se causa com dolo, de propósito, independentemente do resultado final do sofrimento, é, cuido eu (que penso pouco), o mais hediondo dos crimes. Mas isto é outra conversa, e eu venho agora da TV-Cabo, desculpem.

Se eu disser aqui, por exemplo, que o homicídio (mesmo por isolada tara) é um crime mais hediondo que a pedofilia (também por isolada tara) corro vários riscos. Até o de me julgarem fora do estrito âmbito da minha discutível declaração. Vem aí a Moura Guedes, eventualmente entre um dos AVCs minor que a acometem durante os noticiários, foder-me a cabeça, apontar-me dedo acusador de "ah! olhem só! o crápula!".
Não sei se me faço entender. Às tantas não.

Um risco não corro. Pelo menos este: receber comentários cheios de "kapas" a chamar-me "fdp", "vai pó kerailho!", e "koizas acim", numa caixa de comentários. Não tenho, ke pena!

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