Outonos fora de tempo é como se fosse sempre outono
Tenho reparado que vários blogues acabaram, ou que já ninguém escreve neles há mais de três ou quatro meses.Não sei. Alguns despediram-se, com formalidade quase notarial. Não passo dessas certidões, lamento. Outros cessaram. Cessar é "deixar de". É mais simples, nem carece certidão, a gente espera que apareça o corpo ou que reapareça a alma.
Há sempre um certo desencanto na despedida, sobretudo se nos despedimos defraudados. Quem nos defraudou? Foram os outros? Foram as nossas expectativas de nós? Foi o que esperávamos dos outros, por causa de nós? Foi, no fim de contas, tudo?
Bom, alquimias complexas. Não nos alonguemos sobre os outros, que são longos demais.
Há que mudar "linques". Alguns já não levam a lado nenhum. Há outros que levam a sítios bonitos que ainda ali não estão. Lolita, tu és a patroa, faz-nos isso, por favor.
O Não esperem nada de mim deve ficar, que não se despediu: apenas não gostou dum jogo do Sporting, em Fevereiro. Quem não se despede é porque volta. Não é? Eu acho que sim mas, mesmo que me engane, deixa ao menos esse.
<< Home