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20.4.05

Rotas

Temos Papa.

Temos , contudo, também isto: recebi um poema!
Cuido provir de um brasileiro, mas pode ser de um idiota doutra nacionalidade qualquer. Há, inclusivamente, portugueses que se auto-apelidam de "tugas", portanto...
Enfim, não sei. Nem me interessa.

Eis o poema:

A REZA DO BRASILEIRO
Português que estais na Europa
santificada seja a nossa distância
seja feita a minha vontade
assim na terra como no céu
a Varig nossa que nos dá outra rota a cada dia
perdoai os nossos colonizadores
assim como perdoamos a quem nos descobriu
e não nos deixei cair nesse pacote turístico
e livrai-nos desse mal
amém!

É uma pérola. Saliento três evidências:
1 - O facto de a Varig (logo a Varig, valha-me Deus!) lhes dar "outra rota a cada dia"
2 - O autoral esquecimento do acento circunflexo em "rota"; sim, naquela parte em que o poeta fala de sua extremosa mamãe e das mamães dos amigos.
3 - A omissão duma referência ao pai. Provavelmente, por motivos que hão-de prender-se, evidentemente, com a Varig, o poeta desconhece a identidade do progenitor. Que drama!

A conversa sobre o Papa pode prosseguir.
Façam favor, lolita e alonso. Mas eu tinha de vos contar isto. Isto e, evidentemente, que torci pela França de Zidane no dia em que o Ronaldo teve aquele ataque de caspa histérica. É que Vinicius e Jobim não têm culpa que haja melgas, isso é seguro, mas eu também não.

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