E foi mesmo.
O homem do ramo de rosas que vislumbrei anteontem quando passei na Rotunda da Boavista era, afinal, um sinal dos céus. A águia estava ali subjugada pelo leão (não esse, o do símbolo da vitória portuguesa) mesmo à minha frente. Não vi o jogo, aviso; por isso não sei, nem quero saber, de quase-golos do Benfica ou de frangos do Ricardo (que, aliás, hoje nem sequer jogou - não percebo, aliás, porque é que o rapaz tem sempre de vir à baila quando se fala de frangos). Em vez disso, vi as celebridades da quinta, vi a saltitante e prolixa Júlia Pinheiro, vi até o Santana Lopes a dizer que nem da quinta há censura do governo; e li, há pouco, o João Tunes, pesaroso com a derrota, a contar sobre a águia que nunca viu na Rotunda que conheceu bem. É esta, que aqui vê, a estátua aos heróis da guerra peninsular: uma águia (Napoleão nas suas aventuras ibéricas) subjugada por um leão (os portugueses). Sou tentada a concordar consigo, João: são pouco correntes os leões no Porto e a águia só ali está porque foi, talvez, imprudente.
Bom. O Porto ganhou e isso é bom. O Benfica perdeu e isso só não é tão bom assim porque conheço dois ou três benfiquistas que me fazem vacilar. O Porto saúda-o, João Tunes. Eu aposto que o homem do ramo de rosas há-de estar, por estes dias, a dar um anel de noivado à ditosa senhora.
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