blog caliente.

28.7.04

Clap, clap, clap

Da primeira vez, estranhei. Elevou a voz antes dos aplausos que, no entanto, começaram logo a seguir. Da segunda, mantive-me atenta. À terceira, já não tive dúvidas. "... e que permitiu um nível médio de poupança de doze por cento!"
 
Qual maestro, o homem do impecável paletó azul feérico e gorda gravata amarelo dourado gradualmente aumentava os trinados quando anunciava os resultados mais decisivos sobre os obsoletos chaimites e as económicas fragatas. E a maioria, a maioria coligada, obediente e disciplinada - embora displicente, desatava a aplaudir, imediatamente após o primeiro sinal de timbre mais profundo do timoneiro dos mares.
 
Quisesse ele (assim vestido, tal como ontem estava, sem tirar nem pôr)  e poderia ser o ícone publicitário de qualquer hipermercado. A mãe do Jumbo ou, até, a velhinha do Intermarché.

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