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20.5.04

Românticos e cínicos

É claro que o tema "casamento" suscita discussões intermináveis e é claro, também, que se presta a análises de experiência feita, da comparação entre as previsões e a realidade. Muito embora eu esteja em crer que, quando alguém se casa, as previsões se resumem às conhecidas generalidades de que "vou ser feliz" ou, mais modestamente, "isto vai correr tudo bem". Depois, deparados perante a incontornável realidade de que "nem sempre tudo corre bem", cada um, com estratégia ou sem estratégia, lá levará o barco ao seu rumo, seja ele qual for. Não há regras, jurisprudência, experiência acumulada ou conselhos da Dr. Ruth que ajudem, porque me parece ser muito difícil, senão impossível, estabelecer regras ou ditar princípios sobre as relações humanas, seja em que plano for.

O Alonso ficou sem saber se eu era cínica ou romântica. Como todos, é evidente que sou "something in between". E é por todos sermos assim, ambíguos, complicados, misturas de traços individuais, de experiências, de escolhas, de erros e, a coroar, de relacionamentos com pessoas semelhantes que só as regras para consumo próprio é que contam.

No meu post anterior sobre este tema deixei, deliberadamente, uma provocação dirigida aos homens; curiosamente, nem o Besugo, nem o Alonso, nem o Manolo lhe fizeram menção. Nem o food-i-do, que é casado e, pelo que descreve, navega com engenho. Ou então é, para eles, facto assente...

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