O melhor amigo do homem
Um dia que eu viva num País a sério quero que haja televisões a sério. Em que um Magalhães qualquer não seja obrigado a perguntar a um carnívoro das vantagens da carne.Vantagens essas que são óbvias. Obviamente.
- Ó professor Marcelo: que acha do congresso do seu partido?
- Bem, Magalhães, acho quatro coisas positivas e uma assim mais ou menos negativa...
- Ena! Que bem! Que originalmente imparcial, usted!
- Ah! vejo que também viu a boda!
- Ah! La boda! Y que bien estaba ella!
- Y el, entonces!
- Si, por supuesto!
O onanismo devia ser um desporto solitário, no meu tempo era, mas está cada vez mais a tornar-se uma modalidade colectiva. Nas televisões, então, é uma felicidade haver o vidro, aquilo que se suja sempre com as dedadas achocolatadas da canalha e com o vapor dos cozinhados. É um vapor doméstico, nada como o Queen Mary, eu sei. Mas protege-nos. O vidro. E, às tantas, o vapor.
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