Românticos
O amigo do meu pai que, aqui há uns tempos, foi a enterrar com ambas as pernas (depois de me ensinar umas coisas sobre dignidade) legou-me uma linda colecção de discos de música clássica. E uma aparelhagem fantástica. Tão fantástica que dei a que tinha.Hoje, a irmã do Zé (era o nome dele, para quem se recorda) trouxe-me mais uma relíquia, simples como todas as relíquias. Bonita, como tudo o que me dão "assim dado". Biografias de clássicos, cerca de 40. Para um tipo como eu, que gosta das coisas às vezes sem saber porquê, foi muito bom. Já estive para ali a sentir-me bem, enquanto relia sobre Brahms, sobre o amigo Schumann e a sua mulher Clara. Que, pelos vistos, Brahms amou muito, amigo de ambos que foi.
Encontrei um novo interesse: ler sobre quem foi enchendo o mundo de música, enquanto a oiço. Obrigado, Zé. Obrigado, também, ao Filipe, que me aconselhou este filme: "Aimez-vous Brahms?".
Este prazer novo não traduz senão isso: uma coisa nova que descobri tarde e a tempo, ao mesmo tempo que me vou descobrindo. Sou um inculto. Nada sei dos clássicos, está aí o Manolo (que sabe) para me confirmar a ignorante desfaçatez. Ele sim, sabe.
Mas é um dos meus mais recentes gostos. E vou escrever mais sobre isto, desculpem.
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