Purpurinas
Neste Abril está a passar-se uma coisa interessante. Há quem ache grave e denuncie a falta do "R" (nos cartazes que os rapazinhos da criatividade tipo chiclette fizeram espalhar por essas avenidas), há quem se defenda dizendo que festejar a "Evolução" é que é um Abril moderno.As discussões deste género são estimulantes mas também não é preciso eternizarem-se. De facto, trata-se aqui, apenas, da manipulação "espertalhaça" (e fácil, de tão óbvia) duma palavra, para criar, em cabecitas mais dadas ao fascínio destas pequenas habilidades, a ideia dum inexistente antagonismo entre a raiz e o fruto. Ora, já toda a gente percebeu que isto não é tudo um caule de 30 anos.
Por mim fica, apenas, a vantagem óbvia desta discussão prolongada: nunca um "R" foi tão útil à justiça do tempo como este. A rapaziada do "marketing", mais habituada ao "fast-food" do pensamento SMS / notas de rodapé, não resiste a uma brisa mais demorada: o "R" que se lembrou de tirar à Revolução de Abril tem-se lido melhor do que nunca por esse País fora.
Má táctica. Ainda bem.
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