Três notas sobre a greve, de um ponto de vista dragoniano.
Ainda a greve da função pública: o LR respondeu às suas retóricas perguntas, às radicais respostas do besugo e, ainda, às minhas incompletas sínteses. Pois bem:1. Uma greve marcada para uma sexta feira é oportunista, a menos que me demonstrem outra coisa. Solidariedade dragoniana, sim; mas sem liberalismo! Involuntariamente eu associo os liberalistas aos oportunais...
2. As achegas complementares do LR são estritamente economicistas e assaz cor-de-rosa. Ali está o mundo empresarial dos contos de fadas, em que todos os agentes são bonzinhos e centrados num objectivo: o lucro. É o contrário, caro LR: perdoe-me meter a foice em seara alheia, porque economia está longe de ser o meu ramo; mas a mim parece-me que o equilíbrio que gera proveitos, também nas empresas, surge do confronto, não da concertação. E parece-me também que os trabalhadores no sector privado não banalizam, como na função pública, o exercício da greve por uma única e exclusiva razão: a segurança no emprego.
3. Quanto à fuga dos funcionários públicos para o sector privado, resisto a ser tão radical, caro LR. Sabe-se que existe desemprego no sector privado; sabe-se, também, que nem todos os funcionários públicos são relapsos e "contentinhos". Eu sei, pelo menos.
No restante estamos de acordo, LR. Dragões 1, Sporting 0. Será premonitório?
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