Regozijo? Outro benfiquista estranho, deve ser colombiano.
O alonso consegue observar regozijo onde não o há. E puxa esse regozijo hipotético, que ele assume como tese de outrem, ainda por cima como se fosse uma tese plural, para título.
Um título assim, em tese, é uma antítese. Da honestidade intelectual e da verdade: ninguém se regozija aqui, ninguém é dois aqui, mais ainda do que isso, ninguém se assume aqui como moinho-de-vento de Quixote-Alonso.
Uma coisa é querer, outra ainda é crer, ainda outra é ser contentinho e achar que vai correr tudo como gostaríamos, outra ainda é crismar vontades singulares somadas como se fossem plurais regozijos, que não existem nem são, fora desse somatório, nem regozijos nem plurais.
Serve esta para dizer que escrever às cegas sobre "o vosso regozijo", como escreveu o alonso - e isto que vou agora pespegar aqui é verdade sempre - é prenúncio de mau perder ou de mau ganhar. No contexto duma ante-peleja, seja do que for, traduz um medo. E procura exprimir, mostrando-o, que é um medo controlado e bravo. Mas é sempre mau prenúncio. Prenúncio de desnorte.
O alonso não gosta da pergunta sobre a IVG. Isso acontece. Tive vários colegas, ao longo do curso, que, em sucessivos exames diziam que não percebiam as perguntas, não as apreciavam. Eu lia-as e dizia: de facto, esta pergunta é bastante clara, mas admito que o Eduardo não lhe saiba responder.
No caso do alonso é diferente, ele sabe: para ele é não. Mas não gosta da pergunta, sobretudo porque teme que se possa responder à dita cuja de maneira diferente da dele e que essa barbaridade dissonante possa fazer perigar imensas coisas.
A professora de História da Medicina, uma vez, perante mais uma intervenção do Eduardo, em que o Eduardo, que era um tipo simpático e inteligente, mas teimoso como uma mula, expressava a sua costumeira estranheza perante uma questão qualquer, disse-lhe: "Ó Eduardo, tu, assim, qualquer dia, obrigas-me a não te fazer pergunta nenhuma: viro-me para ti e digo, ó Eduardo, fala sobre a História da Medicina e ai de ti que digas merda!".
A senhora não disse merda. Nem o alonso, convenhamos.
Fui ver o sítio que o alonso mostrou, aquilo dos abortos em Espanha. Vi por alto, são quase duzentas páginas de dados. Apercebi-me que a Espanha tem cerca de 44.708.000 habitantes e que, destes, cerca de 22.400.000 são mulheres. Vi que a taxa de natalidade em Espanha aumentou, mas isso pode ser à custa dos emigrantes do Magrebe, que não abortam, tendem mais a fazerem atentados que a abortarem, e que a taxa de fecundidade também tem subido. Isto não vi no sítio do alonso.
Um título assim, em tese, é uma antítese. Da honestidade intelectual e da verdade: ninguém se regozija aqui, ninguém é dois aqui, mais ainda do que isso, ninguém se assume aqui como moinho-de-vento de Quixote-Alonso.
Uma coisa é querer, outra ainda é crer, ainda outra é ser contentinho e achar que vai correr tudo como gostaríamos, outra ainda é crismar vontades singulares somadas como se fossem plurais regozijos, que não existem nem são, fora desse somatório, nem regozijos nem plurais.
Serve esta para dizer que escrever às cegas sobre "o vosso regozijo", como escreveu o alonso - e isto que vou agora pespegar aqui é verdade sempre - é prenúncio de mau perder ou de mau ganhar. No contexto duma ante-peleja, seja do que for, traduz um medo. E procura exprimir, mostrando-o, que é um medo controlado e bravo. Mas é sempre mau prenúncio. Prenúncio de desnorte.
O alonso não gosta da pergunta sobre a IVG. Isso acontece. Tive vários colegas, ao longo do curso, que, em sucessivos exames diziam que não percebiam as perguntas, não as apreciavam. Eu lia-as e dizia: de facto, esta pergunta é bastante clara, mas admito que o Eduardo não lhe saiba responder.
No caso do alonso é diferente, ele sabe: para ele é não. Mas não gosta da pergunta, sobretudo porque teme que se possa responder à dita cuja de maneira diferente da dele e que essa barbaridade dissonante possa fazer perigar imensas coisas.
A professora de História da Medicina, uma vez, perante mais uma intervenção do Eduardo, em que o Eduardo, que era um tipo simpático e inteligente, mas teimoso como uma mula, expressava a sua costumeira estranheza perante uma questão qualquer, disse-lhe: "Ó Eduardo, tu, assim, qualquer dia, obrigas-me a não te fazer pergunta nenhuma: viro-me para ti e digo, ó Eduardo, fala sobre a História da Medicina e ai de ti que digas merda!".
A senhora não disse merda. Nem o alonso, convenhamos.
Fui ver o sítio que o alonso mostrou, aquilo dos abortos em Espanha. Vi por alto, são quase duzentas páginas de dados. Apercebi-me que a Espanha tem cerca de 44.708.000 habitantes e que, destes, cerca de 22.400.000 são mulheres. Vi que a taxa de natalidade em Espanha aumentou, mas isso pode ser à custa dos emigrantes do Magrebe, que não abortam, tendem mais a fazerem atentados que a abortarem, e que a taxa de fecundidade também tem subido. Isto não vi no sítio do alonso.
Vi que, em cinco anos, a taxa de IVG em Espanha nem sequer duplicou: em cinco anos, não duplicou, sequer. Não duplicou, sequer, em relação à ausência de dados anteriores. Isto é importante.
Crescimento exponencial, como gostam de dizer alguns matemáticos da treta, não é isto. Não há nenhuma potenciação do crescimento, em cinco anos, de coisa nenhuma, que seja assim ridícula.
E, sem ser onde o alonso me mandou ir, aquilo da Espanha (também andei a ver outras coisas que depois posso explicar melhor, até relembrei as taxas de fecundidade, coisa estranha da biomatemática), vi isto: na Dinamarca, no Reino Unido, na França - para ser largo na escolha, que não inclui a Irlanda por óbvios motivos - a taxa de IVG por 1000 mulheres (em idade fértil) estabilizou - quando não retrocedeu - ao fim de meia dúzia de anos. Dez, no máximo.
Claro. Há picos que se manterão sempre. Analisando as coisas, as assalariadas e as desempregadas abortarão sempre mais do que as patroas. E, sobretudo, que o patrão. As pobres mais que as ricas. As ricas mais que os ricos. E as mulheres que tendem a abrir as coxas de maneira embriagada, entre "shots", continuarão, em qualquer parte do mundo, a tender a abri-las mais do que as mulheres que tendem a abri-las apenas quando querem, sem outra embriaguez que a da vontade, precavidas. Ou não, que nem vem isto ao caso.
E, sem ser onde o alonso me mandou ir, aquilo da Espanha (também andei a ver outras coisas que depois posso explicar melhor, até relembrei as taxas de fecundidade, coisa estranha da biomatemática), vi isto: na Dinamarca, no Reino Unido, na França - para ser largo na escolha, que não inclui a Irlanda por óbvios motivos - a taxa de IVG por 1000 mulheres (em idade fértil) estabilizou - quando não retrocedeu - ao fim de meia dúzia de anos. Dez, no máximo.
Claro. Há picos que se manterão sempre. Analisando as coisas, as assalariadas e as desempregadas abortarão sempre mais do que as patroas. E, sobretudo, que o patrão. As pobres mais que as ricas. As ricas mais que os ricos. E as mulheres que tendem a abrir as coxas de maneira embriagada, entre "shots", continuarão, em qualquer parte do mundo, a tender a abri-las mais do que as mulheres que tendem a abri-las apenas quando querem, sem outra embriaguez que a da vontade, precavidas. Ou não, que nem vem isto ao caso.
É só a vida. A vida é isto, não é um feto; um feto de dez semanas também é vida? Ah, está bem, então é. Também será.
Vamos falar do patrão, agora?
O patrão não sabe disto mais que o faxineiro.
Não me apetece.
Vamos falar do patrão, agora?
O patrão não sabe disto mais que o faxineiro.
Não me apetece.
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