blog caliente.

2.2.07

Olha a conveniência fresquinha!

"Não há provas cabais do benefício de determinada terapêutica no seu determinado caso, minha senhora. Nem provas em contrário. No entanto, essa terapêutica pode ser uma opção, caso a deseje, porque não está contraindicada e há estudos a decorrer sobre este assunto".

Isto é uma frase clara. Mas admita-se que não é. E não foi, aparentemente: a senhora perguntou coisas e explicou-se-lhe isto por palavras diferentes, durante longa hora.

No fim, a senhora exprimiu que "assim não!, assim isto não me agrada, eu é que sei o que é melhor?, ora abóbora".

Foi-lhe dito que a opção era dela: "não há provas de que seja útil fazer o tratamento, há quem diga que sim, há quem diga que não, mas não se provou haver vantagem em fazer, percebe? mas pode fazer, até há quem faça, como já lhe disse estão estudos em curso sobre isso, que ainda não foram conclusivos".

" E se fizer?, corre tudo bem?, os tratamentos?"

"Os tratamentos, que, no seu caso, não têm vantagem demonstrada, podem provocar-lhe alguns efeitos desagradáveis. Já lhos expliquei..."

"Pois, é sempre a mesma merda, é por isso que Portugal não vai pá frente!"

E é. Ela tem razão. É por estas e por outras. Se fosse ela a mandar já íamos todos para aí nas Berlengas, com o continente europeu inteiro a reboque, o Putin a berrar, lá do Kremlin, "olhia âs Bêrlengash, si câlhar tième piètrole! Pára!!!".

É. É desta massa que se faz uma eleitora. "Não sei, não quero saber, só sei que assim não me convém, por isso decida você e logo se vê se o fodo ou não".
Eu sei que não convém a ninguém, nem isto nem outras coisas. Nem a mim, calculem.

besugo

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