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17.11.06

Da relatividade

Não surpreenderá ninguem que eu diga que Scolari fez muitíssimo bem em não poupar Cristiano (dispenso Ronaldos) no jogo de ontem.
Fundamentalmente porque se notou que Cristiano queria jogar e, reparem nesta coisa estranha, Cristiano tanto queria jogar que, quando marcou aquele golo extraordinário - e agora pensem nisto, ele vai naquele movimento uniformemente acelerado que é só dele e, de repente, chuta; e quando chuta, parece que pára, pára mesmo, como se tivesse sete ABSs; e pára, claramente, a ver o destino da bola, que é, afortunadamente, o destino que ele lhe deu, o canto da baliza do "cazaque" com nome de "enxadrista", e isto é muito raro -, fez simulacros de piretes para Carlos Queirós, ou, se não eram para ele, eram para outro tipo, qualquer um, um que não percebesse nada de vontades nem de coisas de canalha, um que estivesse ali apenas para ver detalhes parvos à volta do essencial.

Os jogos ganham-se assim e assim se perdem. Se entrar o Carlos Martins, claro, dificulta tudo. Mas resulta na mesma, ou assim parece, se correr tudo bem.

O principal defeito de Scolari é ser teimoso como uma mula. Não vejo virtude melhor em mais ninguém que não tenha este defeito.

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