Piú veloce?
Se existisse um instrumento de precisão próprio para medir o ritmo da alma ao longo de uma vida, saberíamos muito provavelmente que são tantas as vezes que nos sentimos pais como as vezes em que nos sentimos filhos. E que é quando somos pais que mais nos percebemos filhos, sedentos do fervor paternal que procuramos quando desprotegidos; ou sossegados ao enterlaçar os dedos nos dedos de alguém que, de mão apertada e segura, nos assegura a estratégia que liberta para seguir a estrada sinuosa, de curvas e contracurvas incessantes até à náusea, contidos num passo atrás do outro - sempre amparados nos filhos que somos.
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