blog caliente.

14.7.06

Andar a pé

Uma vez conheci um tipo, no Algarve, que parecia um bocado parolo.
Defendia, entre outras barbaridades, que gastava menos do que eu, nas voltas e voltinhas pelo lazer. E, sobretudo, à volta dele. Porque o carro dele funcionava a álcool.

Eu estava bem, ainda por cima o tipo era daquelas pessoas que sabe bem ouvir falar - aquilo do sotaque, aquela merda da maneira de dizer as coisas que, a um homem, dá para dormitar (acontece muito no barbeiro e na calista), havendo, todavia, bastantes gajas que sentem coisas estranhas ao escutá-los, também, mas passa-lhes logo se o tipo em questão pertencer ao grande grupo de gajos que não são apresentáveis às amigas, não sei se estou a ser claro, mas acho que sim.

O problema podia estar resolvido, mais ou menos, se extirpássemos o Texas ao EUA (dávamo-lo à Macedónia) e se fechássemos o Mar do Norte aos bifes, para reconversão do mesmo em "mar de surf e de naufrágios sonantes, tipo Titanic".
Mas assim, conforme estão as coisas, não está - o problema - nem sequer à beira de solução.

Claro que a solução do tipo que eu conheci, há três anos - era importante dizer isto, foi há três anos -, no Algarve, é uma boa solução para ele. E seria uma boa solução para mim, também.
Mas há que manter acesa a chama da inutilidade e manter bem dispostos os tios que se safam bem. É mesmo tios, não falta ali nenhum p, e não se fala aqui das mães de ninguém.

Essa chama ainda paga bem e, sobretudo, cobra.

É mais complicado que isto?
Não sei se é. Mas deve ser. Ou isso, ou mais "coisa de sacana do que o que já é".

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