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18.7.06

O campeonato da dor

O Reinaldo está numa fase difícil da sua vida e vai entrar, não tarda, numa fase difícil da sua morte.
Já não acredita em ninguém.
Não, isto não é um falhanço dos serviços de saúde. Deixar de acreditar é apenas um direito dele, uma decisão difícil sobre como interpretar os falhanços da vida dele, muitíssimo independente dos serviços. Ironicamente, também muito independente dele.

Isto, independentemente de os serviços também não acreditarem em quase nada, digam-lho (a ele) ou não.
Não lho disseram. Assumo esta falha terrível dos serviços e aguardo chibatadas. Independentes.

Um jogo destinado a ser perdido, esse jogo viciado que magoa sempre, tanto faz que comece às quatro como às oito: perde-se no fim e nem sempre é curial saber por quantos. Sobretudo em fim de carreira.
Sabe-se sempre é quem, de facto, perdeu. Ou tenta-se ter isso bem presente, para não enlouquecermos todos de impotência caritativa, que é o tesão dos pobres bem intencionados que precede, sempre, o "vim-me a seco mas foi bom na mesma".

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