blog caliente.

17.5.06

Não é tratados, é tratar...

Ainda bem que o Alonso veio, caspité! Veio trazer-me a luz e eu, já se sabe, com luz vejo melhor.

Agora percebo que a pergunta "o que é e para que serve a Segurança Social, no que especificamente respeita ao pagamento de pensões por velhice?" admite duas hipóteses de resposta - que o Alonso, depois, pedagógico e normativo, explana -, e que, sobre cada uma delas, o Alonso tem dúvidas sobre "se são de esquerda ou de direita".

Depois de enunciar as duas hipóteses que ele pensa esgotarem o assunto, e de considerar, sobre cada uma delas, que tem dificuldade em lhes encontrar uma orientação dicotómica (esta é de esquerda? é de direita?), o Alonso conclui afirmando, mais ou menos, que "o que interessa é que qualquer dia já não há".

E afirma-se disposto a deixar sobreviver a lolita no caso de ela aparecer por Lisboa, em visita ao Cristo Rei.

Eu considero tudo isto duma virtude extrema, sobretudo a parte em que o Alonso se manifesta misericordioso: a lolita, de facto, merece a vida; e uma boa vida, não abreviada por precipitações homicidas do alto de locais de culto terno e altaneiro.

Proponho o seguinte: definam, talvez, de maneira normativa, "o que é e para que serve a Segurança Social, no que especificamente respeita ao pagamento de pensões por velhice". Antes de mais nada, sem carecerem de saber se a definição é mais de direita ou mais de esquerda. Não coloquem hipóteses a meio do jogo. Penso, até, a este respeito, que já deveriam ter definido isso antes, para agora não estar o Alonso, que até é advogado e conhecedor destas coisas, carregadinho de dúvidas, a especular sobre o assunto.

Se precisarem duma hipótese C, ou, mesmo, duma D, eu contribuo. Mas peçam por escrito: eu não contribuo com mais nada para coisa nenhuma sem ler o contrato, a partir de agora! Mas, em não carecendo disso, ao menos digam lá com o que se conta e que alternativas existem àquilo com que se conta, isto para quem andou este tempo todo convencido de três coisas:

- que nem merece, na velhice, só uma esmolinha "para subsistir" (isto é horrendo de caridoso!)
- nem, na mesma velhice, é credor de progressão na carreira (acabou, não é?, a carreira, a pessoa não...), sendo credor - por outro lado - da possibilidade de manter o seu nível de vida.
- nem, na idêntica e hipotética velhice, espera mais do que aquilo que o deixaram convencer-se que lhe era devido, pelo motivo básico de lhe ter sido sugerido que seria assim. Ou, pelo menos, que doutra forma não seria.

Se é para dizer, apenas, que "olha, isso não importa muito discutir, vai acabar-se e pronto", fica a sensação de que a coisa não foi tratada, este tempo todo, com lisura. E que há-de haver, se não culpados - eu não gosto de culpas, tenho sempre pena dos culpados, porque são apontados e eu detesto indicadores em riste -, muitíssimos (demais!) mal entendidos e alguns mal intencionados. E, ainda, um punhado de gozões.

P.S. - Já agora, caro Alonso, diz-me: que pensas tu da não convocatória do Quaresma para o Mundial? A lolita já me disse que não concorda e que, para ir o ciganito, "tirava o Petit, que é feio!".

Um abraço.

View blog authority