Aquilo, meus senhores, é um tratado!
Refiro-me, obviamente, ao texto do besugo sobre aquilo que pensa - e muito pensa - sobre a segurança social.Não fui ler o que escreveu o Mário a que o besugo se refere, que ando com os neurónios incapazes de ler mais do que um tratado de cada vez, por isso dou aqui apenas a minha achegazita ao assunto, dizendo que, antes de termos respostas, temos que fazer esta singela pergunta:
O que é e para que serve a Segurança Social, no que especificamente respeita ao pagamento de pensões por velhice?
Hipótese A: para assegurar que as pessoas que já não têm rendimentos do trabalho têm a sua subsistência garantida pelo Estado. Se assim fôr, só deverá haver uma pensão, e essa pensão é apenas a necessária e suficiente à subsistência dos reformados. Mais, essa pensão só deverá ser paga a quem, comprovadamente, não tenha amealhado ao longo da vida o suficiente para viver depois de ter deixado de trabalhar.
Eu não sei se esta hipótese de resposta é de esquerda ou de direita. É de esquerda se se considerar que é absolutamente igualitária. É de direita se se pensar que assim se cumpre, com rigor, o papel subsidiário do Estado na manutenção do tecido social.
Hipótese B: para recompensar quem teve uma vida contributiva longa e profícua, dando a cada um de acordo com aquilo que cada um deu ao Estado enquanto trabalhava.
Eu não sei se esta hipótese de resposta é de esquerda ou de direita. É de esquerda se se considerar que o Estado tenta manter, à sua custa, o nível de vida a que os seus reformados se habituaram enquanto trabalhavam. É de direita na medida em que se está nas tintas para o igualitarismo e, inevitavelmente, dá mais a quem, em princípio, já tem mais e por isso pôde ao longo da vida contribuir com mais também.
Seja como fôr, a discussão qualquer dia é vã. A Segurança Social caminha a passos largos para a falência, e quem não pensar adiantadamente no assunto arrisca-se a passar mal na velhice.
Desculpem lá o nihilismo.
lolita: Já andava preocupado a pensar se terias abandonado os teus hábitos contemplativos. Quando vieres cá a Lisboa, levo-te ao cimo do Cristo Rei. E nem te deito de lá abaixo nem nada!
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