blog caliente.

29.4.06

Claro que os nomes são falsos

Uma vez, no Porto, estava a almoçar com o Pedro e com o Adérito (que tinha levado a namorada, uma tipa feia e bastante parola, que depois, talvez por isso, desposou - aliviando o mundo, ao menos, dessa) numa espécie de tasca de fórmica, daquelas que "também temos vitela assada".

Chegou um tipo, brasileiro, que era meu vago conhecido das aulas. Vago, porque ia lá pouco. Ele. Chamava-se, suponhamos, Juninho Petrolina. "Posso sentá?".
Que sim, que se sentasse.
Ficámos a saber, entre as garfadas babosas dele, que o cromo queria ser piloto de fórmula 1. "Quiria mêmo".
Disparatei logo: "tá bem, vocês é logo às malgas, há o Fittipaldi, há o Piquet (o Senna ainda era o Senna da Silva, nessa altura, para eles não contava; o Barrichello devia andar nos karts a sonhar com Hondas vermelhos...), vem agora aí o Juninho Petrolina! Vai pastar!"

O imbecil carioca (era carioca, o tipo, já se sabia; aliás, fez Microbiologia a copiar pela Ana Sofia, eu hoje posso dizer isto, andava a papar a Ana Sofia para copiar por ela, o ranhoso!) , em lugar de dizer "perfeitamente, eu sou apenas um tipo com saudades do sol, percebam isto e desculpem, já agora, isto e o resto inteiro...", começou a cantarolar um samba e a manobrar o prato como se fosse um volante cheio de restos de lombo de porco. Se tivesse começado a dar às beiças num "vrrrrrrruuuuuum! derrapante", eu tinha-lhe dado seis murros na carapinha loira (apenas os brasileiros, o Ibrahim Bá, o Beto do Benfica e, qualquer dia, o Simão Sabrosa, além de alguns suecos que agora há , é que têm carapinhas assim).

Mandei-o foder, evidentemente. Não sei se foi, que estes gajos não cumprem ordens.

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