blog caliente.

21.3.06

"Hádes" ganhar é juízo.

Eu sou portista por inerência do local de nascimento, enfim, sabe-se que os clubismos não se escolhem, impõem-se-nos e colam-se à nossa identidade como os restantes sinais de nascença. O clubismo é, assim, um acaso de tempo e de lugar que cada adepto constrói, depois, como um afecto incondicional e fervoroso. Daí que se perdoem os treinadores de bancada, os maus perdedores, os pessimistas, os fanfarrões e, até, as sinistras claques dos clubes (curiosamente semelhantes, em parte, às tunas universitárias).

Posto isto, constato que, no fundo, o besugo enunciou pressupostos neste post aqui em baixo. Sabe-se que os pressupostos são, quase sempre, um instrumento imprescindível para aferir e compreender possíveis desvios entre o que estava previsto e o que efectivamente se passou. Pretende o besugo, assim, estabelecer as prévias condições adversas ao Sporting que, em caso de vitória, a engrandecerão e que, em caso de derrota, a justificarão. Isto, note-se, pode muto bem ser uma revolução na sociopatologia aplicada ao fenómeno futebolístico, parecendo evidente a existência um novo tipo, até hoje não investigado, de adepto de futebol de que o besugo pode muito bem ser um exemplar pura raça: o exorcista.

Eu, como portista acidental, enumero a seguir, não os pressupostos da disputa, mas antes algumas hipóteses alternativas (o que fará de mim uma adepta apenas confiante*):
- Amanhã ganhamos.
- Amanhã ganharíamos mesmo que fosse em Alvalade.
- Amanhã ganharíamos nem que tivéssemos um jogo por dia desde o Sábado passado.
- Amanhã ganharíamos nem que o relvado estivesse cheio de pregos.
- Amanhã ganharemos. É fatal.

Um portista não pressupõe, não justifica nem filosofa. Acredita. Vai à luta. Vai à Lucho.

*Extremamente confiante, pronto. OK.

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