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6.10.05

O problema da diluição e a questão das molas

1 - Não vou ver mais, não tratam ali da minha terra, tratam de Lisboa. Mas parece-me que o debate a cinco que decorre na RTP-1 favorece Carrilho mais do que qualquer discussão a dois. Penso que se dilui mais, assim, a incompatibilidade palpável que o candidato exibe entre os seus imperativos ("vamos passar à acção!" - ele disse isso, e diz) e a brancura sedosa das suas mãos.
Considerem isto um momento de poesia sem qualquer intenção política.
E peço que façam o mesmo em relação ao que vou escrever a seguir. Que também vai em prosa.

2 - O candidato do PSD, na minha terra, parece que já fez saber que, em caso de derrota, não assumirá o seu cargo de vereador. Curiosamente, já o mesmo se passou, há quatro anos, com o anterior candidato do mesmo partido: em perdendo, mandou a vereação às malvas.
Se a vontade de servir a grei fosse a mola real duma candidatura, sendo verdade - como penso que é - que o espírito de serviço não se esgota no poder (consubstanciando-se, com semelhante grandeza, na oposição construtiva), isto não se passaria desta forma sem grande granel.
O que me parece é que, em casos como este, a vontade de servir a grei é curta. Pelo menos se comparada com outras vontades.
Claro que posso estar enganado: há quem amue e pronto, são feitios.
Mas pode ser, apenas, uma questão de identificar certeiramente as "molas reais". Não, não sei quais são: eu, de molas, tenho apenas uma ideia vaga que envolve varais, amortecedores, essas trivialidades.

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