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5.7.05

Pigs on the swing

Gostei do que escreveu o Alonso. Estou de acordo com ele. O que não resolve nenhum problema: neste particular, a nossa discordância ou a nossa concórdia têm o mesmo efeito, que é nenhum.

Obviamente que acredito mais na vertente sacana e omnívora do bicho-homem. Por isso é que disse o que disse e, como sou dado a jactâncias enquanto me não acertarem o passo, digo já mais duas coisas que são precisas:

1 - Vigilância, muita vigilância. Que isto tende a tornar-se uma espécie de vara de porcos (passe o pleonasmo da explicação do substantivo colectivo) especial de corrida. Por alguma razão Orwell escolheu omnívoros, como nós e os porcos, para serem os maus da fita, lá no seu "Animal Farm". Ou pensavam que era só para chatear os comunas? Não, estão enganados, digo eu; sendo, para mim, no fundo, perfeitamente cagativo o que Orwell pensou a este respeito enquanto escrevinhava.

2 - Regulação, muita regulação: as varas (já se sabe de quê, não me obriguem a funções lectivas para as quais não estou vocacionado, até porque trabalho 2x21 horas por semana, fora os trocos) tendem à auto-regulação, o que redunda em grunhidos e refocilanços que espalham a "lavagem" toda. Sabem o que é "a lavagem", não sabem? E sabem ao que cheira? É a restos.

Concordo com o Alonso, se bem o entendi: há caminhos no meio, então vamos por eles, nem que seja aos bordos. Vamos por eles.
E há pobres. Isso há.

Se entendi mal o Alonso e ele vier a considerar que lhe engoli, somente, o anzol da ironia (coisa em que não creio, até por causa daquilo que ele disse do "melhor de dois caminhos"), reservo-me o direito de lhe chamar, berrando, "víbora". Com desgosto, mas às patadas no chão.
É que eu estou convencido que ele é um omnívoro, como eu sou, mas desalinhado de varas e de rastejos ondulantes por ainda conseguir erguer os olhos.

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