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24.7.05

Birth

Há filmes que se arrastam em volta de um mote banal, exploratório de uma dúvida esotérico-religiosa generalizada na espécie humana, como é o caso da reincarnação. Uma história de um puto de dez anos que aborda uma mulher de trinta e muitos informando-a que é o seu falecido marido Sean é uma história que, desde logo, não suscita mais do que a curiosidade decorrente desse esoterismo que nos assalta a todos, de quando em quando, a uns mais e a outros menos. Vê-se, apenas, para ver como se desenvolve.
Depois, há a repulsa que involuntariamente se sente pelo erotismo latente entre a mulher adulta e o puto de dez anos. É difícil, para não dizer penoso, ver um filme (pelo menos deste género intimista) sem que se consiga ter empatia com nenhum dos personagens.
Não há nada, no filme, que me pareça digno de registo. Enfim, só o bonito apartamento, no Upper Side nova-iorquino. Mas isso, os ambientes portentosos, são cenários típicos de filme americano. E a Nicole Kidman, cuja beleza divide opiniões, é alta, branca e representa bem. E o filme há-de ter sido escolhido num casting para "filmes apropriados para a Nicole".

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