Afinal não vai haver jogo
Do escrito de Cavaco Silva, publicado em 11 de Maio, algures no Universo Inteiro, retira-se o seguinte:1 - É de todo o interesse difundir e cimentar...
2 - ...uma ideia-chave
3 - Há hoje um acordo muito generalizado entre os economistas...
4 - ... motivo de grande preocupação.
5 - Só há uma via segura
6 - Como conseguir cimentar na mente dos portugueses a ideia-chave?
7 - ...objectivo prioritário e estratégico da política nacional
8 - Cabe aqui um papel decisivo ao ministro das Finanças...
9 - ...rumo claro e sustentável da política económica
10 - ...contenção e rigor nas despesas públicas...
11 - ...relação custo-eficácia dos serviços públicos...
12 - reforço da capacidade competitiva das empresas medidas visando a melhoria do funcionamento do sistema de justiça (que é esta merda?)
13 - ...do reforço da concorrência nos mercados e de muitas outras medidas... (que agora me esquecem...)
14 - ...ênfase do discurso político na ideia-chave...
15 - ...adiando a construção de algumas estruturas físicas menos necessárias à competitividade...
16 - ...sector tão importante para o desenvolvimento do país como é o turismo...
17 - ...Algarve apontado como um destino turístico que "está a ficar feio"...
18 - O esforço visando difundir e cimentar na sociedade portuguesa a ideia-chave...
19 - ...explicar aos trabalhadores
20 - ...explicar aos portugueses em geral
21 - ...desenvolvimento de redes de distribuição, no design, na marca, no marketing (que é esta merda?)
22 - ... a verdadeira prioridade, a ideia-chave...
23 - ...os agentes políticos, económicos, sociais, científicos e culturais, as elites profissionais, os líderes de opinião, os portugueses em geral interiorizem...
24 - Há já algum tempo que isso é reconhecido por governantes, economistas e analistas económicos. (Falta só ser reconhecido por pouca gente, portanto...não é?)
Cavaco, que queres tu? Ser primeiro-ministro? Ser o ministro das finanças? Queres emprego numa cimenteira? Queres ser a lanterna? Ou a mão que pega nela? Na lanterna, sim. Queres talvez ser a chave? Tens aí a ideia, é? E é só essa? E tu és a chave, só a ideia, ou a ideia-chave?
Que queres tu, Cavaco?
Queres ir a votos para Presidente?
Alguém que te escreva os textos, então. E não os leias tu. Quando não, lerpas mesmo. E ainda bem. És tão profundamente incompleto, se és só aquilo que mostras quando escreves e falas, que dás ideia de não deter da dimensão humana senão aquela parte fácil e grunha da tabuada e das continhas.
Pobre simplório, se pensas que eu quero um presidente assim. Eu, assim, quero um mecânico, percebes? Ou um professor de matemática. Ou um lentezinho. Mesmo um barbeiro, que assim adormeço enquanto ele explica as suas ideias-chave. Enquanto me tonsura.
Tanta chave, homem. Tanto cimento. É um chaveiro ou um chavão, o que tu tens à mão?
Tu queres é um jazigo em betão, confessa lá?... "Aqui jaz o Bitaites de Boliqueime".
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