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12.5.05

O momento em que Copérnico sossegou

Que interessa que chova muito e que amanhã acorde cedo. E que vá, como todos os dias acontece, ter de me defrontar com miudezas, as miudezas que os outros insistem que são grandezas, que me desviam do importante. Que me pareça que o mundo se virou contra mim só porque encontrei um caminho iluminado. Que pense tanto e tantas vezes que me desoriento. Que imagine olhares furtivos na minha direcção. Que não queiram deixar-me sossegar, que eu não deixe que me sosseguem. Que eu não me deixe sossegar-me. - Dizia Nicolau, enquanto Rosa, terna, lhe dizia: Sossega. Tu percebeste que o Sol está sempre ali, no mesmo sítio. Não tarda nada eles percebem também.

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