À Lolita e ao Alonso
Ontem eu estava em baixo. A sério.Eu não sei se isto é do "spleen" ou doutra víscera qualquer, sei que estava em baixo.
("Spleen" - e isto é uma informação gratuita para adeptos incondicionais de Pessoa, de Espanca, e mesmo de alguns outros poetas irlandeses esotéricos - quer dizer, propriamente, secamente, "baço"; aquela coisa esponjosa que fica algures "quase" no hipocôndrio esquerdo. Pelo menos para mim não passa desta merda, excepto se algum dia vier a ter um linfoma esplénico ou uma policitemia vera).
Não sei se isto de estar em baixo e vir aqui mostrar a "baixela" define um blogue intimista, daqueles que tanto faz a Pacheco Pereira que sejam assinados ou "anonimados". Mas, se for assim, eu admito. Ontem comportei-me como um "blogger intimista". No sentido de íntimo derramado. Fiz mal.
Mas não fui só eu. Doseei mal, foi o que foi!
A Lolita veio falar do Paulo Autran, foi ver a peça, e gostou de ambos: da peça e do Autran. Isto é íntimo. E bonito.
O Alonso descreveu a chegada ao lar com sua vozearia (a)colhedora. Isto é íntimo. E bonito.
Reparem, que eu já percebi: o que isto não é, em nenhum dos casos, é "íntimo derramado". É só íntimo. E bonito. E eu fui grotesco.
Mr. Green é bonito, a Lolita é bonita, o Alonso e os seus barulhos são todos bonitos. Certo, a Lolita é a mais bonita de todos, pronto. Antes que me acusem de "homotropia".
Obrigado aos dois. Vou tentar "recentrar-me" no que me faz estar bem, feliz e bem disposto. E deixar de vos maçar com o que me maça, porque me maça maçar-vos e entristecer-vos e preocupar-vos.
E vou tentar mostrar-vos que estou bem. Até porque não estou, de facto, mal.
Obrigado a ambos, Lolita e Alonso.
Meus lindos amigos.
(O Alonso não é nada lindo, mas pronto...)
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