blog caliente.

23.4.05

Se você disser que eu desafino, amor...

Paulo Portas regressou do Dubai, bronzeado. Sim, mesmo naquela parte da careca que ele disfarça (quase) com mestria, com aquele truque da risca. O pequenote vem castanho!
Vi isto na Nova Gente. Estava lá, também, a casa da Lolita, mas eu não tenho autorização para dizer qual delas é. Pelo menos por enquanto. A minha não estava lá. Mas eu, também, bourgeois gentillome de araque, não dou confiança a fotógrafos possidónios.

Por falar em dar confiança: há agora um programa na TVI que espreitei com deleite. Trata-se ali de testar relações e fidelidades. É um programa brasileiro, aparentemente. Pelo menos parece: as gajas têm celulite até ao pescoço e são feias, os tipos estão sempre a dizer "vagabunda" em vez de "canhão!" e o apresentador tem aquele sotaque "braza" de quem parece que acabou de ingerir seis pastilhas de extasy misturadas com dezoito copázios de chopinho à "Lagardère".

Ora, qualquer animal com menos de cinco patas sabe que não se desafia o destino. Murphy fartou-se de dissertar sobre o assunto, esse parolo. "Queres ver se eu te encorno, é? Então eu encorno-te à ganância, para tu veres o cheiro das tintas".

Há gente que se presta a isto, às tantas por quaisquer mil reais. Mas, depois, redime-se, quer bater em toda a gente, com o aplauso ululante da plateia. As gajas da plateia são muito parecidas, geralmente, com a encornada. Os gajos é a mesma coisa, parecem estátuas feitas do mesmo marfim do imbecil em palco. Fica sempre bem, é uma questão de solidariedades. Só falta ouvir "olés". Sim, que são faenas. Ou, pelo menos, faunas. O que faz uma letra.

Donde se depreende que o problema deste tipo de testes, deste tipo de programas, deste tipo de merdas, enfim, é ser feito por tipos e tipas com patas a mais, para tipas e tipos com patas a mais. Mais de cinco patas. Se se recordam, seus bêbados, eu falei aí para cima de cinco patas. Eu sei manter um fio condutor numa conversa. OK?

Está certo. Eu vi. Vi uma parte do programa, admito. Mas eu sou uma centopeia com guelras que acabou de sair da urgência. Uma urgência, ora uma urgência... dá um desconto de três patas e meia por sacrificado, em média.
Isto, sem dar muita confiança às equivalências, acaba por me deixar dormir em paz.

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