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21.1.05

"O Senhor não tem o direito!"

Ontem a vida corria mal a Francisco Louçã, no debate com o Portas (Paulo). Eis quando, no final, os entrevistadores colocam a questão do aborto. O Bloquista lá diz o que pensa - aproveitando o ensejo para mais uns tantos insultos a quem não pensa como ele, mas isso já a gente sabe que é assim - e depois é dada a palavra ao Portas.

Mal este começa a dizer qualquer coisa sobre o direito à vida do feto, quando o Louçã o interrompe, já sem o sorriso sardónico que ostentou ao longo de todo o debate, e voltando ao arzinho sério de seminarista que lhe é tão característico (desculpem lá, mas eu acho, e sempre achei, que o Louçã tem um ar um bocado "apadralhado"), com a frase que está no título. E repetindo, com grande veemência: "O Senhor não tem o direito de falar sobre esse assunto!"

O Portas queda-se, surpreso, e eu penso ... "ah, afinal os trotskistas também sofrem de autoritarite aguda", mas logo a seguir o Louçã explica-se. "O Senhor não tem o direito de falar sobre esse assunto porque nunca gerou um filho. Sim, porque eu já gerei uma criança, tenho uma filha e sei o que é ... etc."

Reprimi uma gargalhada e pensei: "Olha, os trotskistas machos também geram filhos".

E descobri que, na visão do Dr. Louçã, sou uma pessoa particularmente qualificada para falar sobre este assunto. Mais qualificada do que ele e, aliás, a mais qualificada deste blogue. Tungas.

Nota: Eu não sabia que os trotskistas machos geravam filhos.

Nota2: Vai-se a ver e os trotskistas são hermafroditas.

Nota3: Ou simplesmente idiotas.

Nota4: Não se pode excluir a hipótese de serem ambas as coisas.

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