blog caliente.

24.10.04

O problema dos tempos e, sobretudo, dos tempos verbais

Deixam-me aqui sozinho e eu, evidentemente, aproveito. Não deixo de ser um português "aqui e agora", não há que estranhar.
Bom.
Agora apetecem-me quatro soltas sobre futebol. E, depois, uma presa sobre futebol e a nossa vida. Enfim, uma espécie de pirueta parcial. OK, mais parcial que de costume.

1 - Mário Mendes, o árbitro do Benfica - Nacional, apitou de forma deprimida. Talvez não soubesse que a TVI iria transmitir o jogo, ainda por cima comentado por duas vocalizações de um cérebro (meio mais meio) que pensam (as vocalizações, daí o plural) que o futebol é uma mistura de "jogo de consola" e de "espectáculo desportivo" (baseados naquela teoria que afirma que se não fosse um espectáculo não se cobravam bilhetes, ora!).
Pois muito bem: o árbitro apitou quase sempre que alguém caiu, exibiu sempre uma expressão de profundo sofrimento e, bem vistas as coisas, a função correu bem ao Benfica. Dois bons golos, de dois dos três bons avançados que o Benfica tem, limparam a face duma equipa que mantém (e, pior que isso, põe a jogar!) Paulo Almeida e Argel. Que não deviam ter acabado o jogo, por indecente e má figura. Argel é um caso clínico, Paulo Almeida um caceteiro. Isto não é nada com o Benfica, atenção. É o com o "eçelebê", que me enerva.

2 - Aliás, isso do "eçelebê" enerva-me tanto que reparei que o Benfica começou a jogar melhor (até eu, que torcia contra, obviamente, que eu sou do Sporting, e só não estou a ver, roidinho, o Porto - Penafiel porque acho que vai sair dali o tipo de jogo que os "andrades" ganham facilmente, nem valerá a pena incomodar-me a engalinhá-los), quando das bancadas começaram a sair alguns gritos de "Benfica, Benfica". Com mil diabos, ó stkaneko! Tu vê lá se metes aquilo na ordem. Dizer "eçelebê" é uma paneleirice pegada, bolas. Tu manda-lhes um mail a veicular este profundo sentimento do teu irmão mais velho!

3 - O Álvaro Magalhães, que é aquela pessoa que sobressai no banco do Benfica porque tem um narizito esquisito (quanto mais o que tem à volta do narizito embalofar, mais o narizito "assuinado" será estranho, valha a verdade), devia ser obrigado a rever-se de cada vez que aparece na televisão. Que nauseabunda e parola figura aquele arremedo de tasqueiro faz, pelo menos de fato. Em tempos, quando se limitava a ser o defesa direito(*) raçudo do Benfica, aquele que recuperava bolas para entregar ao Chalana (que, depois, fazia dela - da bola - coisas bonitas) ainda se tragava. Agora, sobretudo de fatinho, não descanso enquanto não o vir a treinar o Sacavenense ou o Lourosa. A Naval não, "chiça-penico", ao largo!

(*) Corrigenda: o Álvaro era, de facto, defesa esquerdo; mas eu gostava era de ver jogar o Chalana, que tanto lhe fazia um lado como o outro, era sempre bonito a jogar, independentemente do acessório que lhe cobria as costas.

4 - O jovem Moreira demonstrou, hoje, à blogosfera e ao mundo, que a blogosfera e o mundo devem, imperativamente, ler besugo. Não apenas quando fala de futebol mas, sobretudo, valha a verdade, quando fala de futebol. No resto pode não ser imperativamente, vá lá, pode perfeitamente ser de forma, digamos, condicional.
O caso é o seguinte: Moreira mamou, hoje, um golo de bola doida, igual àquele que Ricardo (e tantos outros, antes dele) teve de mamar contra o Lixtantan. Eu deixo aqui o link para o que escrevi na altura. Não, não me agradeçam (aqui eu tento fazer uma voz tipo Eunice Muñoz). Mesmo que ninguém me felicite por ele, pelo link, sinto-me eu felicitado. Eu sei, eu sei, desde que li Nuno Bragança: o onanismo é o desporto dos imbecis. Mas eu nunca disse que era esperto, pois não? Tungas. Nem sou, calha bem. Como, à saciedade, prova o facto pueril de me citar. É que ninguém se cita meu Deus, nem os próprios toiros! Muito menos duas vezes!!!
Cala-te, besugo, que caladinho és mais lindo...

5 - Pronto, acho que era só isto. Ah! Falta a presa.
Que o Sporting ganhou ao Belém já toda a gente sabe e a normalidade não merece comentários. A menos que haja falta de novidades, o que nem é o caso. Há, por exemplo, a estranha ocorrência daquela miúda de 13 anos que escapou aos raptores (que a tinham, adivinharam, raptado, com saco e tudo) para ir a um cyber-café dizer que estava bem, embora não soubesse muito bem onde estava (vá lá, sabia como estava, não é mau...), crendo ela que estaria mais a norte do que já estivera antes. Isto tudo eventualmente.

Queres calar-te, besugo dum raio!?

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